segunda-feira, outubro 30, 2006

Lesboa Party - 2ª Edição


No próximo dia 2 de Dezembro, decorrerá a segunda edição do Lesboa Party. O local escolhido será o Pavilhão de Exposições do Instituto Superior de Agronomia, sito na Tapada da Ajuda, em Lisboa.Quanto mais não seja pelo local, vale bem a pena uma deslocação à festa.Fui à primeira edição e também vou a esta, com a certeza de que a organização aprendeu com os erros e melhorou.A festa é dirigida à comunidade GLBT à imagem da anterior, contudo a organização resolveu, e bem, acrescentar que é Hetero Friendly.Independentemente do sucesso (que espero seja ainda maior que o da 1ª edição) tenho que felicitar a organização, Entre Vírgulas, por estes eventos que em Lisboa, que é quase o mesmo que dizer em Portugal, são únicos. Bem hajam! Para mais informações cliquem em

terça-feira, outubro 03, 2006

Em plena coutada do macho ibérico



Em cada cinco mulheres portuguesas uma é vítima de violência doméstica. Será que podemos dizer que um em cada cinco homens portugueses é agressor?
Em 2005 morreram, em Portugal, 33 mulheres pela mão dos maridos, companheiros e ex-namorados.
Estes números são terríveis, mas de acordo com a AI Portugal, é provável que estejam distantes da realidade porque há muitas mulheres que continuam a sofrer em silêncio, talvez porque ainda têm aquela ideia de que as agressões cometidas dentro do casamento não devem ser expostas ou, então, têm vergonha.
Vergonha? Vergonhosos são os incríveis números desta barbárie! Caramba, o que se passa com estes homens? O que os leva a este comportamento?
O problema é que de ano para ano o número de agressores aumenta e, espantem-se, a maioria destas bestas são jovens com idades entre os 25 e os 40 anos.
Parece que na vizinha Espanha a violência doméstica também tem contornos absolutamente assustadores. Ao fim e ao cabo, nada mudou em plena coutada do macho ibérico. *
* Num acórdão de 1989 os juízes confirmaram a condenação a quatro anos de prisão de um arguido de violação e sequestro de duas jugoslavas. Nesse caso, os juízes fizeram, no entanto, questão de escrever: “Se é certo que se tratam de crimes repugnantes que não têm qualquer justificação, a verdade é que, no caso concreto, as duas ofendidas muito contribuíram para a sua realização. As duas ofendidas, raparigas novas, mas mulheres feitas, não hesitaram em vir para a estrada pedir boleia a quem passava, em plena coutada do chamado ‘Macho Ibérico’.”

Uma excelente jornada



O SLB ganhou e o FCP perdeu. Esta é uma execelente notícia para qualquer benfiquista que se preze. Só espero que a vitória do Benfica e a derrota do FCP não sejam situações fortuitas.Não pensem que sou anti-FCP, na verdade sou mesmo e só anti-Pinto (Nero) da Costa e adoro que o FCP perca só para ver as trombas com que fica o Jorge Nuno.De resto não sou anti mais nada no que ao futebol diz respeito, limito-me a apreciá-lo quando bem jogado.

domingo, outubro 01, 2006

Ter apetite em Lisboa fora de horas

Nem de propósito, após sairmos da Lesboa Party, pelas 05h00 da manhã e quando nos dirigíamos para os respectivos carros, aproximaram-se de nós dois rapazes ingleses que nos perguntaram se haveria algum sítio not expensive but plenty of hamburgers or hot dogs like McDonald's or Burger King onde pudessem comer porque estavam starving. Penosamente, dissemos aos jovens que, o género de sítio que procuravam àquela hora estava encerrado e que quanto muito tinham que se dirigir a um bar, na Av 24 de Julho (o mais perto) onde talvez lhes servissem umas tostas. Não vou esquecer tão depressa as caras de surpresa e desilusão dos moços perante a notícia de que provavelmente iriam passar "fomeca" durante mais umas horas. Até fiquei com vontade de os levar para casa e dar-lhes de comer!
Lisboa, ainda é uma aldeia habitada por gente com pouca iniciativa e sem qualquer talento para negócios de divertimento e restauração all night long e destinadas a bolsas menos recheadas. Até quando?

Lesboa Party - Análise de uma festa.

Estive no Lesboa Party desde as 00h30 até às 05h00 e antes de passar a mais considerandos quero aplaudir esta iniciativa que espero ver repetida, mas com melhorias, por favor!
O espaço era amplo, com uma varanda espectacular onde se podia usufruir de momentos frescos e de animada conversa, porque, o São Pedro não nos mandou chuva.
O bar em ilha era razoável, mas a organização pecou por meter lá gente que, ou não fazia ideia do que é serviço ou então resolveu fazer a vida negra ao pessoal que lá estava. O(A)s pretenso(a)s "barmans" e "barmaids" estavam bêbado(a)s ou drogado(a)s porque inventaram que só podiam atender as pessoas ao meio de cada bancada e como não havia qualquer aviso a informar, quem tivesse a pouca sorte de se chegar um pouco desviado do centro, esperava mais de meia hora. Abriam garrafas atirando com as caricas para o ar, uma delas veio bater-me na testa, magoando-me. A higiene era escassa porque resolviam atirar com água para as caras suadas e depois deixavam os pingos escorrer para dentro das bebidas que preparavam e entregavam às pessoas, nhec, um nojo! A verdade é que durante aquelas horas só consumi duas bebidas (quando o normal é consumir quatro) porque de cada vez que tinha sede aguentava-a só de me lembrar que iria passar pelo filme de terror novamente.
A música era repetitiva, mais do mesmo, chata, cansativa e doentia (house e techno a mais) dirigida apenas ao pessoal mais jovem que nem era maioritário, pois que se encontravam na festa pessoas nas faixas etárias entre os 20 e os 50 anos.
Para fugir ao som demasiado martelado e que pouco apelava à dança, a maioria das pessoas refugiava-se na varanda, espaçosa e agradável, preferindo circular e conversar, prova de que a música não agradava.
No entanto, às 04h00, vieram uns seguranças dizer que a varanda ia fechar, ou seja, a única coisa que continuava a manter as pessoas na festa foi incompreensivelmente vedada. Enfim, coisas à portuguesa!
Claro que, por volta das 04h30, a festa perdeu uma enorme quantidade de gente que pura e simplesmente desapareceu como que por magia.
A organização perdeu dinheiro devido a uma data de erros que se acumularam, péssimo serviço de bar, música doentia e repetitiva e fecho da varanda demasiado cedo. Não há dúvida que a ideia que existe em alguns países de que os portugueses não têm jeito para o negócio é uma realidade.
Às 05h00, sedenta, com os ouvidos doridos e bastante desiludida, eu e o meu grupo bazámos. Foi pena!