A publicidade está a mudar ou isto foi só uma provocaçãozinha sem continuidade? I wonder…
terça-feira, fevereiro 27, 2007
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A publicidade está a mudar ou isto foi só uma provocaçãozinha sem continuidade? I wonder…
domingo, fevereiro 25, 2007
Safo - A décima musa
Aos 19 anos, Safo já fazia parte da vida pública (na política e na poesia). Safo conspirou contra o tirano Pítaco que, temendo-lhe a escrita, a desterrou para a Sicília.
Quando falamos em lesbianismo, estamos de certa forma a referirmo-nos a Safo, que também foi a pioneira na expressão do desejo homossexual feminino.
MULHER 1 – Dizem que amas as mulheres...
SAFO – Uma democracia sem mulheres, que valor tem? O que acontece é que lá em Atenas, os homens, acreditam que são superiores. Mas não será assim nesta ilha abençoada por Afrodite.
Quando voltou do exílio, Safo criou uma escola para jovens mulheres, onde leccionava poesia, dança e música. Foi considerada a primeira "escola de aperfeiçoamento" da História.
SAFO – Uma Academia para mulheres!
Na antiga Atenas, somente as cortesãs podiam ter vida social e intelectual. As esposas ficavam em casa, presas às tarefas domésticas.
HOMEM 1 – Estão já inteirados, ilustríssimos cidadãos de Atenas?... Temos concorrência!
Na Academia, as discípulas eram chamadas de hetairai (amigas) e não de alunas...E a mestra apaixonava-se pelas suas amigas. Dentre, elas, aquela que viria a tornar-se a sua maior amante, Atis, a favorita.
SAFO – Enamorei-me, Atis, de ti, faz muito tempo e parecias-me sem graça, como uma pequena menina. Como o vento desenfreado que nas montanhas cai sobre os bosques, o amor faz estremecer o meu ser. Não pude dizer: há em mim duas almas.
SAFO – Que amo as mulheres? Claro que as amo. E por que não? Também amo os homens ternos. E sobre todos os amores, amo a ela, minha doce Afrodite.
Mas Atis apaixona-se por um moço e, com ciúmes, Safo dedica-lhe os versos:
Semelhante aos deuses parece-me que há de ser o feliz
mancebo que, sentado à tua frente, ou ao teu lado,
te contemple e, em silêncio, te ouça a argêntea voz
e o riso abafado do amor. Oh, isso - isso só - é bastante
para ferir-me o perturbado coração, fazendo-o tremer
dentro do meu peito.
Pois basta que, por um instante, eu te veja
para que, como por magia, minha voz emudeça;
sim, basta isso, para que minha língua se paralise,
e eu sinta sob a carne impalpável fogo
a incendiar-me as entranhas.
Meus olhos ficam cegos e um fragor de ondas
soa-me aos ouvidos;
o suor desce-me em rios pelo corpo, um tremor (...)
A aluna foi retirada da Escola por seus pais, e Safo escreveu que "seria bem melhor para mim se tivesse morrido".
Os seus poemas, porém, não ficaram imortalizados apenas pelo lesbianismo. São considerados momentos culminantes da lírica grega, e o jurista Sólon dizia que “queria aprender um poema de Safo e depois morrer”.
Muito se escreveu e criou sobre Safo, inclusive sobre a sua morte. A lenda diz que se suicidou saltando para um precipício na ilha de Leucas, apaixonada pelo marinheiro Faon. No entanto, escritos sobreviventes, dão-na como tendo atingindo a velhice e terá morrido anciã, rodeada pelas suas discípulas e amigas, olhando o mar azul de Lesbos, vendo chegar, sobre a espuma, o corpo de uma mulher, o mais bonito de todos, o de Afrodite, deusa do amor e da beleza.
Escreveu nove livros, mas só chegaram, até nós, partes de duas odes e cerca de 175 fragmentos de outros poemas. No ano de 1073, transcrições dos seus poemas foram destruídos em Roma e Constantinopla pela Igreja Católica, por serem considerados imorais.
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Quase
Quase
Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo ... e tudo errou...
- Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
terça-feira, fevereiro 20, 2007
Lesboa Party III - Opinião
Posto isto e continuando com os considerandos, juntámo-nos no Hard Rock Café onde jantámos e festejámos o aniversário da Ava. A Citadina usava um vestido étnico comprido em tons de vermelho e mascarou-se com uma peruca e uns óculos fazendo lembrar Janis Joplin. Estava fabulosa! Eu tentei mascarar-me de butch ou, no mínimo, de marialva, mas com o meu indisfarçável ar de femme, as minhas amigas foram unânimes na opinião de que eu ia de José Castelo Branco! Kórror!!!
Bom, após o jantar, os brindes com votos de felicidades, os parabéns, o apagar das velas e os aplausos, rumámos ao Pavilhão de Exposições do Instituto Superior de Agronomia para participarmos da Lesboa Party.
Logo à entrada apanhei uma decepção porque a elegante Senhora que, na edição anterior, servia shots a quem entrava, foi substituída por um Senhor em andas que não tinha uma décima da graça daquela. Junto o meu grito ao da AR “Quero a Sr.ª de volta”!
Os dois bares (um à entrada e outro do lado oposto, para lá da pista que se manteve ao meio) serviam depressa e bem, apesar de que, a partir de uma certa hora, se tornou mais difícil matar a sede devido às filas que se formavam para a compra das senhas.
A música era um misto de anos 80, 90 e actuais, dançáveis e, portanto, do meu agrado e do das amigas que me acompanhavam (que por acaso são mais jovens que eu). Só a partir aí das 04h00 é que veio aquele tam, tam, tam igual, sem melodia, cansativo que só mesmo o pessoal muito jovem aprecia, o que não deixa de ser natural.
O som continua uma miséria, tanto em termos acústicos, pois em certos locais da sala a coisa fica mesmo insuportável, como da parte dos DJ’s ao falharem as passagens de umas faixas para outras.
Apesar da falta de glamour que continua escasso, salvo muito raras excepções, havia gente muito bonita de todas as idades e credos sexuais. Foi um banquete para os olhos.
Pelas 05h30 resolvemos ir embora porque o tam, tam, tam e a acústica estava a dar-nos cabo dos ouvidos.
Se a organização melhorar a acústica, contratar DJ’s menos preocupados em serem estrelas e mais preocupados em não acabarem com os ouvidos das pessoas, protagonizará uma festa perfeita.
segunda-feira, fevereiro 19, 2007
Figos
A maneira correcta de comer um figo à mesa
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Ainda sobre a Lesboa Party
quarta-feira, fevereiro 14, 2007
Dia da(o)s namorada(o)s
Eu sei que é mais uma operação de marketing e uma comercialização das emoções, como diz muito bem a minha amiga Citadina, no entanto, encontrando-me eu sem namorada há já um tempo e não vendo jeito de voltar a ter, pelo sim e pelo não, vou jantar com a minha ex, talvez nos lembremos de outros tempos.
Desejo-vos um óptimo resto de dia da(o)s namorada(o)s e, sobretudo, uma excelente noite!
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Lesboa Party - 3ª Edição
É já no próximo sábado, em pleno carnaval, que terá lugar a 3ª edição da Lesboa Party, um evento LGBT, contudo hetero friendly e que tem vindo a crescer em popularidade desde a 1ª edição, em Setembro passado.
O local da festa vai ser o mesmo da 2ª edição, ou seja, no Pavilhão de Exposições do Instituto Superior de Agronomia (Tapada da Ajuda) com abertura de portas às 23h30.
Para mais informações vejam aqui.
Mascarada ou não, eu vou lá estar, e tu?