segunda-feira, setembro 03, 2012

CR7 e Messi (a novela favorita da mídia)



Sempre ouvi dizer que mais vale cair em graça do que ser engraçado! CR7 que o diga! 
O rapaz deve ser o jogador de futebol mais detestado pela mídia. No chute, na marcação de livres, nos cruzamentos para um colega mais bem colocado para fazer o golo, no cabeceamento ou no drible, CR7 é um jogador completíssimo e, portanto, demasiado preponderante para ser facilmente dispensado como, aliás, ficou provado quando deixou o Manchester United que, aqui entre nós, ainda hoje sente imenso a sua falta!Porém, a mídia odeia-o, principalmente a mídia brasileira e a espanhola (quanto a esta última, é mais a mídia para os lados de Barcelona, claro).
A crueldade por parte da mídia e do povão para com CR7, não tem limites!
Se CR7 joga bem – e a verdade é que na grande maioria das vezes joga – a mídia não o elogia e dá a notícia sem destacar o trabalho do jogador. Porém, se faz algo errado, a mídia arrasa-o em paragonas!
Messi, o menino querido e venerado pela mídia, mesmo quando não faz nada que seja digno de nota, tem direito a notícias de destaque, nem que seja para servir de contraponto a um arraso que CR7 esteja a sofrer da parte de um qualquer jornalista ávido por largar verborreia contra o jogador português!
O povão, que não passa de turba facilmente manipulada por uma mídia vampira, nos estádios ulula “Messi, Messi, Messi” quando CR7 joga. O rapaz tem de ter um grande estofo emocional para aguentar uma coisa dessas. Por vezes, CR7 não aguenta, o que não deixa de ser normal mas, a verdade, é que nem um dedo indicador sobre os lábios (mandando calar a turba) lhe é perdoado, pois os jornaleiros vampiros lá estão de dentes afiados para mais umas mordidelas no jogador. A pressão deve ser tremenda, principalmente para um jovem com 27 anos! Sinceramente, às vezes custa-me perceber como ele consegue continuar a jogar com tanto talento e entrega.  
A mídia inventou uma rivalidade entre CR7 e Messi que não existe. CR7 e o próprio Messi, por várias vezes, referiram não sentirem qualquer animosidade em relação ao outro.
Aliás, a mídia inventou um CR7 e um Messi que não existem! Quis fazer uma novela, bem ao estilo da América do Sul, sobre um malandro e um mocinho em que não preciso dizer quem faz de malandro e quem faz de mocinho.
Na verdade, a mídia Inventa as histórias mais incríveis a respeito de CR7. Desde metrossexual, a mulherengo, passando por gay, CR7 é tudo e mais alguma coisa!
Se fala para a mídia é um idiota vaidoso. Se não fala, é um arrogante convencido e com falta de humildade o que, no entender da turba ululante, é a prova irrefutável de que não é bom jogador.  
O rapaz é preso por ter cão e preso por não ter!
Muitas vezes, por escassez de inteligência, as pessoas têm tendência a confundir falta de humildade, vaidade ou mesmo arrogância com falta de talento. Enfim, de ignorantes não reza a História, mas de profissionais que trabalham para a imprensa, a tv ou a rádio, esperava-se um pouco mais de discernimento.
Eu gosto imenso de futebol e gosto de ver jogar tanto CR7 como Messi. Para mim, ambos são muito talentosos, mas igualmente muito diferentes. Tal como a água e o azeite. Não se podem misturar. Fazer comparações entre um e outro, é não perceber absolutamente nada de futebol e apenas alimentar historietas de cariz novelista.
Portanto, acredito que quem odeia CR7 e, em oposição, venera Messi, não percebe rigorosamente nada de futebol, mas adora uma novela brasileira, argentina ou, quiçá, mexicana.   
Por mim, que não faço parte dessa imensa turba ululante, ignorante e analfabeta – perdoem-me a arrogância – podem continuar os dois jogadores durante uns bons anos a fazer as delícias dos meus olhos no que respeita à arte de bem jogar futebol.

quinta-feira, junho 28, 2012




(..) o mar com fim será grego ou romano: O mar sem fim é português



Gosto de futebol. Adoro uma partida bem disputada. Ontem vi Portugal conseguir parar a “fúria” do atual campeão do mundo e possível bicampeão europeu de futebol.  
Dizem os “entendidos” que mais uma vez faltou a sorte para o lado português que perdeu a partida na lotaria dos penalties.
Sorte? Mas podemos continuar agarrados à ideia da eterna falta de sorte portuguesa? Se em vez de nos lamentarmos com a constante falta de sorte – que só nos deixa com a auto-estima no fundo do poço – não nos convencemos que Portugal não existe para ganhar campeonatos de futebol ou quaisquer outros?  
E se a missão de Portugal nada tem a ver com questões de competição criados por um sistema político, financeiro, social baseado na competição desenfreada que, contudo, se vai esboroando e que naturalmente terá um fim?  
E se a missão de Portugal é de algo sem fim e não com fim como um simples campeonato de futebol?
Dizia Fernando Pessoa na segunda parte do belíssimo “Mar Portuguez”:

“E ao imenso e possível oceano
Ensinam estas Quinas, que aqui vês,
Que o mar com fim será grego ou romano:
O mar sem fim é portuguez.”

Teria razão? O advento de uma nova Consciência o dirá!